Capítulo 15 — O Abrigo das Sombras
O portão colossal de aço-titânio se fechou atrás deles, silenciando o mundo exterior — um inferno dominado por hordas de zumbis, mutações grotescas e o caos absoluto. Dentro do abrigo subterrâneo, apenas o eco metálico das botas e o som grave das portas hidráulicas lembravam a todos que ainda existia alguma ordem — a ordem de Daniel.
Ele caminhava na frente, a longa capa negra arrastando no chão, enquanto seus olhos digitais varriam o local. Seu corpo agora fundido com as habilidades de Devil May Cry, a tecnologia roubada da Umbrella e sua própria espada negra, pulsava com um poder que poucos ousariam questionar.
Alice, ao lado, observava em silêncio. Ela já havia aceitado que o mundo antigo estava morto. Daniel representava o novo — cruel, eficiente, implacável.
Ada Wong, sempre misteriosa, sussurrava para si mesma enquanto analisava os corredores do abrigo. Já pensava em como aquela base poderia servir a seus próprios planos.
Jill Valentine e Claire Redfield, embora caladas, não disfarçavam o desconforto. Sabiam que estavam ali por necessidade, não por lealdade.
Daniel parou em frente ao núcleo central. Telas holográficas surgiram ao seu redor, revelando dados da Umbrella, projetos secretos, fórmulas de clonagem e um catálogo de experimentos:
Híbridos Humano-Zumbi
Soldados Geneticamente Reforçados
Projetos de Controle Mental em Massa
"Vejam o que vocês protegiam, o que chamavam de salvação," — disse Daniel, encarando Claire com frieza. "O idealismo de vocês quase destruiu o planeta. Agora, este abrigo, minhas leis, são a única chance."
Sistema Atualizado:Tecnologia Umbrella incorporada.Projeto Rainha Vermelha: 45% concluído.Recursos Genéticos Disponíveis.Clonagem Experimental liberada.Habilidade Devil May Cry Integrada: Status - Estável.
Ele se virou para o grupo reunido. Cerca de duzentos sobreviventes se amontoavam, exaustos, famintos, alguns feridos. Mas havia algo nos olhos deles — medo. E respeito.
"A partir de agora, este abrigo não é uma democracia. Não quero corações puros, nem discursos vazios. Aqui, quem desobedecer morre. Quem trair, desaparece. Quem me seguir, vive."
Claire rangeu os dentes, mas não disse nada. Alice apenas sorriu de canto. Ada? Ela adorava ver o caos organizado tomando forma.
Do fundo do abrigo, um alarme soou.
Intrusão detectada.
Câmeras mostravam uma figura avançando pelos túneis — um homem, o corpo coberto por placas metálicas, os olhos vermelhos como rubis. Um dos super-soldados da Umbrella que sobreviveu ao massacre anterior.
"Parece que temos um rato querendo brincar," — murmurou Daniel, estalando os dedos. Sua espada negra surgiu em suas mãos, pulsando como se fosse viva.
Ele caminhou até o elevador de acesso, os portões se abrindo com um chiado pneumático.
Alice o seguiu, armada.Ada o seguiu, com segundas intenções.Jill e Claire — hesitantes, mas foram.
No túnel inferior, o inimigo já os aguardava, erguendo uma arma biotecnológica capaz de dizimar um batalhão.
"Vocês são os ratos desse esgoto," — grunhiu o soldado Umbrella, avançando.
Mas Daniel sorriu. Em um instante, ativou sua habilidade de Devil May Cry — os movimentos se tornaram impossíveis de seguir, sua espada negra brilhou, e, com um golpe que parecia simples, transformou-se em mil cortes invisíveis.
O soldado foi estraçalhado, reduzido a cubos de carne que se espalharam pelo túnel como se o próprio ar tivesse se tornado uma lâmina.
"Isso é o que acontece com quem desafia minha lei," — declarou Daniel, olhando para os sobreviventes e para seus novos aliados.
A voz dele ecoou pelos corredores:"Leon... você que acha que o mundo ainda tem salvação, não caberia aqui. Aqui, só há espaço para os que entendem que piedade é fraqueza."
Enquanto o sangue escorria pelas paredes, o sistema atualizava em tempo real:
Missão Paralela: Investigação de Novos Núcleos da Umbrella.Criação do Primeiro Exército Biotecnológico Autossustentável: 12%.
Daniel sabia — os inimigos estavam apenas começando. Mas agora, com o poder da Umbrella, as habilidades de Devil May Cry e sua mente implacável, ele estava pronto para reescrever as regras do novo mundo.