Capítulo 17 — Protocolo Incinerador
A terra tremeu sob os pés de Daniel enquanto a horda avançava. Zumbis Nobres desfilavam como se fossem a realeza pervertida do apocalipse — armaduras improvisadas, coroas de ossos, bandeiras manchadas de carne humana. Os Barões e Duques Zumbis urravam ordens com inteligência perturbadora, organizando a carnificina.
Entre as fileiras mortas, Wesker surgiu.
Impecável, olhos brilhando com aquele brilho vermelho animalesco, músculos tensionados como um predador.Chris Redfield estava logo atrás, relutante, com o rosto endurecido pelo ódio, mas ciente de que esse mundo já não era o mesmo onde heróis venciam com esperança.
Daniel avançou.
Sua silhueta cortava o campo de batalha como uma sombra viva. As habilidades herdadas do sistema — Devil May Cry, o domínio da espada negra, o conhecimento da Umbrella — transformavam-no em um monstro ainda mais temido do que os zumbis.
Wesker sorriu."Achei que seria mais… humano."
"Você achou errado," — Daniel respondeu, e em um piscar de olhos, estava sobre Wesker.
O choque entre os dois reverberou como um trovão. Daniel disparou os Mil Golpes, mas segurou o poder máximo — o corpo ainda se recuperava da última vez.
Wesker desviava com aquela velocidade inumana, enquanto Chris atirava nos Nobres Zumbis, as balas explodindo cabeças deformadas.
O campo de batalha virou um massacre. Duques Zumbis caíam, corpos viravam carne moída sob o fio da espada negra de Daniel. Ada e Alice coordenavam as defesas à distância, Jill liderava grupos de resistência entre os sobreviventes.
Mas os mortos eram infinitos.O céu escurecia sob o cheiro de carne queimada e sangue podre.
Daniel sabia… o protocolo precisava ser ativado.
Ele recuou em meio ao caos, ativando o comunicador neural, a voz da Rainha Vermelha soando fria e precisa:"Protocolo Incinerador pronto. Confirma o lançamento, Comandante Daniel?"
Ele observou o horror: zumbis inteligentes, humanos traidores, Wesker rindo, a Terra morrendo lentamente.
"Confirmar lançamento. Cinco ogivas. Cada uma… dez vezes mais potente que Hiroshima."
Silêncio.Até Wesker parou por um segundo, os olhos arregalados.
"Você não ousaria," — Wesker rosnou."Ousei," — Daniel retrucou, os olhos negros brilhando.
Nos céus, os silos se abriram. As ogivas nucleares alçaram voo como dragões de metal, cruzando as nuvens em direção ao campo de batalha.
Ada tremeu.Chris gritou.Alice apenas assentiu. Ela conhecia o tipo de homem que Daniel era.
A luz das explosões consumiu tudo. Barões, Condes, Duques, o próprio solo. A radiação fritava até as almas.
Daniel, protegido pelo escudo energético da Umbrella e sua mutação controlada, permaneceu de pé.
Quando as cinzas baixaram, só havia destruição.
Wesker havia desaparecido — morto ou fugido, ninguém sabia.Chris estava soterrado sob escombros, inconsciente.Os Zumbis Nobres? Carbonizados, sua monarquia podre reduzida a cinzas.
Daniel voltou ao abrigo.
Subiu na plataforma central, encarando os sobreviventes sujos e assustados:"Lembrem-se… minha palavra é lei. Este mundo não será salvo com bondade. Mas com poder e obediência."
Ada, ao longe, agora sabia: Daniel não era controlável. Se errasse… ela morreria.
E Daniel sentia o preço aumentar — os Mil Golpes corroíam, o poder da espada negra pulsava, a sanidade escorregava aos poucos.
Mas ele não pararia.
"Que venha o próximo inimigo," — murmurou, encarando o horizonte.
Continua…